O texto não-verbal
O texto acima, feito por Duke (link no blogroll) retrata uma situação comum. Todos passamos pelos bancos escolares, mas o contexto de produção aqui é outro. Com o crescente desemprego, palavras antes pouco usadas passaram a fazer parte de nosso cotidiano. “Corte”, “redução de custos”, “redução de jornada”, “arrocho salarial”, “neoliberalismo” e muitas outras.
A situação descrita é a seguinte: numa aula de Português, a professora, presa aos métodos tradicionais de decoreba, pede a conjugação do verbo “demitir”. O aluno faz uma leitura contextualizada do verbo e, provavelmente, da situação em que seus pais podem estar inseridos. Diante disso, traz como conjugação, as declinações de um palavrão. Vemos ainda os alunos uniformizados caracterizando-se, assim, a escola tradicional. Chama minha atenção ainda não haver nenhum livro sobre a mesa dos alunos. A imagem da professora corrobora com a forma caricata como são vistas: mulher mal-vestida, velha e feia, com claro sinal de cansaço.
Ela ainda traz um livro livro aberto, na frente da classe, que está em fileiras, novamente retomando o tema do ensino tradicional como dito anteriormente.
Crítica à Educação
O aluno, embora tenha ido além daquilo que a professora pediu, mostra certo domínio da língua. Primeiro porque ele sabe que para conjugar o verbo, é necessário fazer uso dos pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles). Há, no entanto, uma crítica bem humorada quando ele apresenta a mesma palavra em todas as conjugações. Disso podemos entender que, ou ele não domina a língua a ponto de saber as conjugações, ou ele generaliza que a demissão afeta todas as pessoas indistintamente.
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